Confira esse roteiro por Lisboa e descubra o que fazer em cinco ou mais dias na capital de Portugal. Pontos turísticos, praias, centros históricos, parques, restaurantes e muito mais!
De todas as cidades que já conheci no mundo, Lisboa está entre as minhas favoritas. Eu, que inicialmente não esperava muito, descobri um local com ótimas praias, restaurantes maravilhosos, castelos, parques e atrações para todos os tipos de turistas. E tudo isso por um preço muito mais amigável que em seus vizinhos europeus.
A capital de Portugal é realmente encantadora, e você pode conhecer seus principais pontos turísticos em poucos dias, sem gastar muito e utilizando transporte público. É o local perfeito para curtir umas férias relaxadas e ainda aproveitar a cultura e gastronomia local.
Para que você conheça tudo que a cidade tem a oferecer, criei esse roteiro por Lisboa com 5 dias passando pelas principais atrações. Tem de tudo um pouco: museus, bairros incríveis para passear, lojas, praia, castelos, feiras e restaurantes.
Como se locomover em Lisboa e arredores
Antes de passar o roteiro, preciso discutir com você como segui-lo. Afinal, não adianta eu dizer “vá até tal lugar” se você não sabe como fazer isso.
De maneira geral, não vale a pena alugar um carro para seguir esse roteiro por Lisboa. O transporte público funciona bem e possui diversas opções, como ônibus (autocarros), metro, elétricos e até mesmo ferries. Além disso, dividi os dias de acordo com as regiões, assim você pode fazer a maior parte do trajeto andando ou usando outro meio de transporte rapidamente.
Para usar qualquer meio de transporte, a melhor opção é com um cartão zapping. Esse cartão está disponível nas máquinas em todas as estações de metrô e comboio, além de bancas de revista e lojas de conveniência. Com ele você pode usar todos os meios de transporte da cidade e bairros adjacentes, logo ele também serve em Almada e Cascais, que não são propriamente em Lisboa mas ficam perto o suficiente para ir de comboio ou ferry.
Quando for usar a máquina em alguma estação, preste atenção para comprar um cartão zapping. Digo isso porque existem passes que funcionam apenas para o metrô, outros apenas para o comboio e assim por diante. O zapping é o único que possibilita turistas a usarem o mesmo cartão para qualquer tipo de transporte.
Na sua primeira compra, você vai pagar o preço do zapping (se eu não me engano é €0.50 ou €1.00), e carregar o valor que você quer colocar no cartão. Além de ser mais prático usar o cartão, a tarifa com ele também é mais barata do que se você fosse pagar usando outros cartões ou em dinheiro. Com o zapping o metrô e o ônibus saem em torno de €1.35 e o comboio €1.90. Você pode recarregar o cartão a partir de €3 nas máquinas em qualquer estação.
Considerações importantes:
- Você precisa validar seu cartão em cada viagem. No metrô e ferry você precisa fazer isso para passar a catraca, no ônibus tem o local para você “encostar” seu passe para ele ser validado. Para o comboio, pode ser que a validação seja na plataforma mesmo em uma dessas máquinas de encostar, ou que você precise passar a catraca. Nesse segundo caso, é possível que mesmo tendo saldo disponível, você primeiro precise ir até uma das máquinas colocar seu cartão zapping e escolher qual o destino pretendido, para que se possa calcular a tarifa correta.
- Tenha dinheiro em espécie para recarregar seu zapping. Quando me mudei para Lisboa em 2019, eu não consegui usar nenhum dos meus cartões brasileiros nas máquinas de transporte, nem o crédito nem o Travel Money. Como é possível que o mesmo aconteça com você, eu sugiro ter dinheiro em espécie para carregar seu passe, só para garantir. De qualquer jeito, existem caixas automáticos na maioria das estações.
Roteiro por Lisboa – O que fazer em 5 dias ou mais na cidade
Esse roteiro está dividido em regiões, para evitar que você perca muito tempo com deslocamento. Sugiro fazer o dia #4 em um dia de sol, e o dia #3 em uma terça ou sábado.
Pouco tempo na cidade?
Caso não tenha cinco dias completos em Lisboa, eu sugiro priorizar o roteiro na ordem em que ele está escrito. Se só tiver três dias, faça só os três primeiros dias do roteiro, e assim por diante. Digo isso porque coloquei os pontos turísticos mais importantes nos primeiros dias, e são eles que considero que você não pode perder quando visitar a capital.
Caso queira otimizar seu tempo ao máximo, sugiro que você contrate um tour ou utilize aqueles ônibus de hop-on hop-off, que param nas principais atrações da cidade e ao redor. A Get Your Guide tem várias opções legais que podem te ajudar:
Dia 1: Timeout Market, Baixa-Chiado, Praça do Comércio e Rua Augusta
O dia 1 consiste em:
- Baixa-Chiado
- Timeout Market
- Praça do Comércio
- Rua Augusta
- Avenida da Liberdade
- Parque VII
Esse é o dia que você vai andar mais, por isso coloquei primeiro pois você ainda estará com aquela animação de começo de viagem. É um dia com vários pontos, por isso sugiro começar de manhã cedo.
A primeira parada é o Chiado, bairro muito popular entre os turistas e com ótimas opções de lojas e bares. Se for de metrô, você deve descer na estação Baixa-Chiado na linha azul ou verde. Minha sugestão é começar pela Rua Garrett, que fica ao lado da estação, onde você encontra a Livraria Bertrand, uma das livrarias mais antigas do mundo, aberta desde 1732. De lá, continue seguindo a rua em direção ao Armazém do Chiado, e então pegue a Rua do Carmo para chegar no Elevador de Santa Justa, que tem uma vista linda. Ao lado também fica o Convento do Carmo.
A graça dessa parte do roteiro é passear pelo bairro e sentir um gostinho de como é Lisboa. Quando começar a sentir fome para o almoço, ande em direção ao Cais do Sodré (você também pode pegar o metrô na estação Baixa-Chiado, mas já é a estação seguinte). No cais você encontrará o Timeout Market, também conhecido como Mercado da Ribeira. Como o nome indica, é um mercado muito popular com diversos restaurantes, perfeito para agradar até mesmo o grupo mais diverso. Eu recomendo o Asian Lab caso você queira comida asiática, o Confraria para sushi e o Ground Burger caso queira aquele hambúrguer com batata frita. Para comida portuguesa, a sugestão são os restaurantes ao fundo, que pertencem a chefs famosos do país com um cardápio mais acessível.
Depois do almoço, é hora de andar mais um pouquinho até a Praça do Comércio. Eu sugiro caminhar pela beira do rio Tejo, especialmente se estiver um dia bonito (existem até alguns bares no caminho para você se refrescar apreciando a vista). A praça não tem muito o que ver além de alguns restaurantes e um monumento central, mas é cruzando o arco que fica ao fundo que você chega na famosa Rua Augusta. Essa rua é cheia de restaurantes, lojas e artistas de rua, e um espetáculo à parte quando se fala da cidade. Se ainda estiver com fome, pode experimentar os famosos pastéis de bacalhau na Casa Portuguesa dos Pastéis de Bacalhau, ou então parar na Fábrica de Nata para comer alguns pastéis de nata. O segundo piso é super confortável para dar uma relaxada depois de andar muito.
No final da Rua Augusta, você vai chegar na praça do Rossio. De lá, continue seguindo em frente para chegar à Avenida da Liberdade, rua lindíssima cheia de árvores e lojas de luxo. Mesmo que você não se interesse por compras, o passeio é bem agradável, e as árvores criam uma sombra super refrescante em dias ensolarados. A minha sugestão é seguir a avenida até o final, onde você chegará na Praça do Marquês de Pombal. A praça em si também não é nada demais, o que é legal é o que está na parte de trás, o parque Eduardo VII. É um parque enorme, lindíssimo e se você gosta de plantas vai adorar a estufa fria que é incrível.
Como já vai ser final de dia, você pode aproveitar para jantar na região, que é cheia de restaurantes legais. Recomendo o #Treestory (comida da Geórgia, olhe as fotos antes de pensar qualquer coisa), Ground Burger ou Koi Sushi.
Observação: Esse é um dia que você vai andar muito, pelo menos uma hora para passar por todos esses lugares, isso sem contar o tempo andando no parque, em lojas, no mercado… Se achar que vai ficar muito corrido e cansativo, você pode dividir esse dia em dois. Nesse caso, depois do TimeOut Market recomendo seguir na direção de Santos, bairro super agradável e com ótimos restaurantes. De lá, você pode seguir para o Jardim da Estrela. É uma opção menos cansativa de roteiro e ainda bem legal.
Além disso, se preferir, também pode fazer esse dia ao contrário. É só começar na estação de metrô Parque, que te deixa diretamente no Parque Eduardo VII. Para o almoço, você pode escolher algum restaurante na Liberdade (eu gosto muito do Zenith) ou deixar para comer na Rua Augusta. Coma algo mais leve no Timeout Market e deixe para jantar no Chiado, que também tem ótimos restaurantes como o BOA-BAO, Cultura do Hambúrguer e o Nood.
Dia 2: Belém, LX Factory e Almada
O dia 2 se resume em:
- Padrão do Descobrimento
- Torre de Belém
- Pastéis de Belém
- Mosteiro dos Jerônimos
- Museu de Arte Moderna
- LX Factory
- Cristo-Rei
- Passeio gastronômico de Almada
A parte da manhã se resume a conhecer os principais pontos de Belém, que como você deve imaginar é de onde vem os pastéis de nata originais, também conhecidos como pastéis de Belém. Dependendo de onde você estiver hospedado, pode ser melhor pegar o comboio a partir do Cais do Sodré até a estação de Belém, ou pegar o elétrico (linhas 15E ou 18E) e parar perto do Mosteiro dos Jerônimos.
Seja qual for sua escolha, comece sua visita pelo Padrão dos Descobrimentos (que é legal ir primeiro pois quanto menos gente, melhor, já que o mapa no chão é a parte mais interessante) e em seguida a Torre de Belém. A Torre é um dos pontos turísticos mais famosos de Lisboa, e apesar de não parecer grande coisa, é bem legal e pode ser visitada por dentro, o ingresso custa €6. Mesmo que não queira entrar (confesso que até hoje eu nunca entrei), o passeio ainda é bem legal porque a vista é bem bonita.
Da Torre de Belém você pode visitar o Museu de Arte Moderna (Museu Coleção Berardo) ou ir direto fazer um lanche e comer os tão aguardados Pastéis de Belém. Os Pastéis são em um restaurante específico chamado Pastéis de Belém, em frente ao McDonald’s e do lado da Starbucks na Rua de Belém. Existem duas filas, uma para apenas comprar os pastéis e levar, e outra para comer no local. Eu sugiro a segunda opção, porque o cardápio é bem grande e assim você pode relaxar um pouco. Se tiver dúvidas sobre o que mais experimentar, eu sugiro as Bolas de Berlim (que lembram muito o sonho brasileiro).
Ao lado do local dos pastéis fica o Mosteiro dos Jerónimos, uma obra prima da arquitetura portuguesa. É um ponto turístico bem popular, porém se você não se interessar por construções religiosas ou não quiser pagar pela entrada, pode apenas visitar o jardim na frente, que nos dias de sol é um local bem gostoso.
Apesar de contar com vários pontos turísticos, essa parte do roteiro por Lisboa é bem calma, já que todos os locais são próximos uns dos outros. Leve seu tempo e, quando estiver com fome para o almoço, pegue o elétrico ou volte uma estação de comboio (parando em Alcântara-Mar) para visitar o LxFactory.
O LxFactory é um dos meus locais favoritos, mas apesar de ser muito popular entre os moradores, ele não consta na maioria dos roteiros tradicionais da cidade. O lugar era uma antiga fábrica da cidade, mas hoje abriga diversos restaurantes, lojas, estúdios, bares, feiras e até mesmo um hostel. As opções de comida são diversas, como cozinha mexicana ou sushi, mas o meu favorito é o Burger Factory, que tem o melhor hambúrguer que provei em Lisboa até hoje. Depois de comer, você pode aproveitar para pegar uma sobremesa no Café na Fábrica, onde são servidos vários tipos de doce, incluindo brigadeiros, ou passear pelo local. Recomendo a livraria Ler Devagar, com seu acervo peculiar e uma prensa industrial no seu último andar, e a loja Bairro Arte, com várias coisinhas incríveis.
Depois de explorar a antiga fábrica, minha sugestão é aproveitar que você já está do lado da ponte e atravessá-la para conhecer o Cristo Rei. Esse ponto turístico não fica propriamente em Lisboa, mas é tão perto que vale a pena a visita. A entrada é gratuita e você tem uma visão incrível do rio Tejo e dos arredores da cidade. Saindo do LxFactory, a minha sugestão é usar um aplicativo como Uber ou Bolt para chegar até o Cristo (esse é o único momento do roteiro que não sugiro usar transporte público, porque você precisaria de dois ônibus e demoraria quase uma hora, enquanto de carro é menos de quinze minutos).
Para encerrar o dia, você pode ou ver o pôr do sol no Cristo Rei, caso esteja perto do horário, ou ir até Cacilhas, onde existe um passeio gastronômico com inúmeras opções para jantar, algumas delas na beira do Tejo com ótima vista para esperar o cair da noite. Para chegar até lá, você pode ir a pé (40 minutos de caminhada caso ainda esteja com vontade de andar), ou descer até a avenida Dom Nuno Álvares Pereira e pegar o metrô de superfície na estação de Almada até a estação de Cacilhas (o seu cartão zapping funciona para esse percurso também). Só tome cuidado pois o Google Maps não reconhece o metrô de Almada, por isso para chegar lá é mais fácil seguir o Moovit.
Em Cacilhas, os principais restaurantes ficam na rua Cândido dos Reis, mas você também pode escolher aqueles que ficam na beira do rio caso queira uma vista melhor. As sugestões são A Toca (comida portuguesa), Estaminé 1955 (hambúrgueres), Boteco 47 (petiscos) e Farol (mariscos).
Para voltar para Lisboa, minha sugestão é pegar a barca que liga Cacilhas até o Cais do Sodré. O percurso dura poucos minutos e seu cartão zapping também serve!
Dia 3: Alfama, Castelo de São Jorge, Feira da Ladra, Parque das Nações
As principais atrações do terceiro dia são:
- Catedral da Sé
- Miradouro das Portas do Sol
- Bairro de Alfama
- Feira da Ladra
- Castelo de São Jorge
- Parque das Nações
Tanto faz em que ordem você vai fazer os dias desse roteiro por Lisboa, mas eu sugiro que você deixe esse aqui para uma terça ou sábado, já que uma das atrações aqui citadas ocorre apenas nesses dias da semana.
Para começar, sugiro que você vá até a Catedral da Sé, uma das igrejas mais bonitas de Lisboa. Para chegar até lá, você pode tanto ir de ônibus (737), pegar o elétrico (28E ou 12E) ou descer na estação de metrô do Terreiro do Paço. A catedral fica em um bairro super legal de Lisboa chamado Alfama, onde você vai encontrar diversos restaurantes com shows de Fado, tradicional música portuguesa. Além disso, em Alfama também estão alguns dos melhores miradouros da cidade, como o Miradouro de Santa Luzia e o Miradouro das Portas do Sol. Minha sugestão depois da catedral é que você ande até eles (são do lado um do outro) e aprecie a vista tomando uma bebida. De lá, ande até o Museu do Fado, caso esse tipo de atração seja do seu agrado.
Se você for o tipo de pessoa que almoça cedo, pode aproveitar para já almoçar nesse momento. Valem tanto os restaurantes com Fado ao vivo, como o Mesa de Frades, quanto os outros da região. Eu gosto bastante da Taberna Sal Grosso e Taberna Salmoura, que ficam perto da estação Santa Apolônia. Caso goste de almoçar mais tarde, siga na direção de Santa Apolônia até Santa Clara, onde você vai encontrar a Feira da Ladra, uma das maiores feiras da cidade. Lá você encontra roupas, acessórios, sapatos, brinquedos, decoração e qualquer coisa que você possa imaginar. A feira só acontece terças e sábados, por isso tente seguir esse encaixar esse dia do roteiro em um desses dias da semana.
Depois de visitar a feira, você pode parar para almoçar caso ainda não tenha feito isso, ou seguir para o Castelo de São Jorge, construído no século XI. É possível ir até lá andando ( é uma boa subida) ou através dos elétricos 12 e 28 ou ônibus 37. Os ingressos custam €10 por adulto e €5 para quem tem até 25 anos, e vale super a pena. Tem uma exposição permanente, sítio arqueológico, câmera obscura e paisagens super legais para fotos, inclusive uma vista incrível da cidade.
Para encerrar o dia, pegue o metrô na estação mais próxima do castelo, Rossio, troque para a linha vermelha na Alameda e vá até a estação Oriente, para chegar no Parque das Nações. Por lá você encontra o Oceanário de Lisboa, cassino, lindos jardins e até uma torre com andar de observação, caso você ainda não tenha se cansado da vista da cidade. Em seguida, você pode aproveitar para passear no shopping Vasco da Gama, que é ligado à estação de metrô, ou comer em um dos restaurantes da região, como o ZeroZero, Butchers e Koko.
Dia 4: Cascais
O ideal é que você deixe para fazer esse dia do roteiro por Lisboa em um dia ensolarado.
Portugal não faz tanto frio quanto seus outros vizinhos europeus, talvez por isso mesmo no inverno suas cidades com atmosfera mais praiana não ficam tão as moscas quanto em outras partes do mundo. É o caso de Cascais, que apesar de ser muito mais agradável no verão, já que fica na beira do mar, continua vivo e um ótimo local para visitar mesmo em tempos mais frios.
Para chegar até lá, você só precisa pegar o comboio que sai do Cais do Sodré em direção a Cascais. Minha sugestão, no entanto, é que em vez de descer no ponto final você desça em Estoril (veja bem que muitas estações contém a palavra Estoril no nome, porém pare na que se chama apenas Estoril). De lá, você pode visitar o cassino lindíssimo do bairro, ou seguir pelo caminho a beira mar em direção a Cascais. São uns vinte minutos de caminhada, e no sol com temperatura acima dos dez graus é um passeio bem legal.
Ao sair desse caminho, você já chegará na rua Frederico Arouca, uma das ruas mais movimentadas da região, cheia de lojinhas, restaurantes e com um ar bem praiano. Preste atenção caso queira dar um mergulho, pois assim que chegar na parte movimentada da rua a sua esquerda estará a entrada escondida para a Praia da Rainha. Cascais é um lugar super gostoso para passar o dia explorando o bairro e conhecendo suas ruazinhas, feirinhas (muito comuns durante a temporada), performances de rua e food trucks. Minha sugestão é passar o dia inteiro aproveitando com calma, e aproveitar para dar um pulinho na Boca do Inferno, ponto turístico próximo com cenários incríveis. Você pode ir até lá andando ou pegando o ônibus 427 que sai da frente da estação de comboio de Cascais.
Para comer, você pode experimentar os sushis da Confraria, os pratos para partilhar do Hífen ou as massas e pizzas da Capricciosa.
Dia 5: Sintra
Sintra é conhecido como o lugar onde “a história virou jardim”, com diversos castelos, parques e construções antigas. O local não fica propriamente em Lisboa, porém é bem perto e fácil de chegar de comboio, tornando-o a escolha perfeita para um bate e volta.
Para chegar até Sintra, pegue o comboio na estação do Rossio e desça na última parada. É altamente não recomendado ir de carro até lá, pois existem poucos lugares para estacionamento e os caminhos até as atrações são estreitos e muitas vezes de mão única, o que faz com que o trânsito seja enorme na temporada.
Os principais pontos turísticos da região são o Palácio da Pena, o Castelo dos Mouros, o Palácio Nacional e a Quinta da Regaleira, além do centro histórico. Existem outros pontos interessantes, porém para um dia de bate e volta sem carro eu recomendo focar nesses, que são os que considero imperdíveis.
Chegando na estação, pegue o ônibus 434 para o Castelo dos Mouros. Não tente ir a pé, pois a subida é longa, íngreme e não tem boa vista, não vale a pena perder seu tempo. Do Castelo dos Mouros para o Palácio da Pena é uma curta distância andando, por isso você pode visitar os dois locais e depois pegar o ônibus de volta para o centro histórico. Aproveite para comprar a passagem hop-on hop-off que te dá direito a pegar o ônibus quantas vezes você quiser, pois sai um pouco mais barato do que comprar duas passagens.
A maioria dos turistas visita o centro histórico e a parte que é possível fazer a pé primeiro e deixa os castelos mais distantes para depois do almoço, por isso sugiro você fazer o contrário.
Ao voltar para o centro, pare para almoçar em alguns dos restaurantes da região. Não esqueça de deixar espaço para a sobremesa, e vá ao Piriquita comer os famosos travesseiros de Sintra (são maravilhosos).
De tarde, dirija-se à Quinta da Regaleira, que possui um dos locais para fotos mais populares entre os turistas, o poço iniciático. Muitos visitantes ficam surpresos ao descobrir que essa não é a única atração da Quinta, e sim que ela tem praticamente um palácio com jardins lindíssimos. Ao acabar sua visita, volte para o centro histórico e explore suas pequenas ruazinhas até pegar o trem para ir embora.
O que fazer em mais dias na cidade
Caso vá visitar Lisboa no verão ou em um dos meses mais quentes, minha sugestão é conhecer algumas das praias incríveis ao redor da cidade. A minha favorita é Galapinhos, na Serra da Arrábida, que já foi considerada a praia mais bonita da Europa. Não há nada para fazer por lá além de uma praia magnífica, no entanto, por isso se quiser um local com restaurantes, onde você possa caminhar e aproveitar um centrinho fora da areia, é melhor ir conhecer a Costa da Caparica.
Aqui no blog tem um post bem completo com as minhas praias favoritas perto de Lisboa.
Agora, se sua viagem for em um período mais frio (ou se você não gosta de praia), pode aproveitar as diversas opções de lugares para fazer bate e volta, como Fátima, Ericeira, ou Óbidos. Você pode chegar até lá de ônibus (saída da estação Oriente ou Sete Rios) ou alugar um carro para visitar vários lugares em um só dia.
Caso não queira dirigir mas ainda queira aproveitar seu tempo ao máximo, você também pode contratar um tour para te levar nos locais mais legais.
Onde fazer compras em Lisboa?
Não faltam lugares onde você pode fazer compras nesse roteiro por Lisboa. No Chiado e na Rua Augusta você vai encontrar inúmeras lojas populares, como Zara, Mango, Pull & Bear, Bershka, H&M, Sephora e por aí vai.
Caso prefira fazer todas as suas compras de uma vez em um shopping, eu sugiro o Shopping Colombo, que fica na estação Colégio Militar/Luz da linha Azul, ou o shopping Vasco da Gama, na estação Oriente perto do Parque das Nações. Pessoalmente, eu gosto mais do primeiro, porém você já vai passar pelo segundo no dia #3 desse roteiro.
Caso queira fazer compras de luxo, sua melhor opção é a Avenida da Liberdade, onde você encontra lojas como Louis Vuitton, Gucci, Prada e por aí vai. Já aviso, no entanto, que a cidade não é a melhor para esse propósito, e que não possui lojas próprias de diversas marcas como Chanel e YSL.
Caso goste de roupas de segunda-mão, sugiro tentar visitar a Feira da Ladra, também no dia #3 do roteiro.
Onde comer em Lisboa?
Recomendei diversos restaurantes ao longo desse roteiro, mas quero reiterar aqui meus favoritos e sugerir mais alguns.
Se eu precisasse escolher apenas um restaurante durante a minha visita, seria a Taberna Sal Grosso, em Alfama. Até hoje eu considero uma das melhores refeições (se não a melhor) da minha vida. Para brunch gosto muito do Zenith na Av. da Liberdade, e já fui diversas vezes no Timeout Market para almoçar e jantar.
Aqui no blog já tem um post com os meus restaurantes favoritos de Lisboa.
E aí está um roteiro por Lisboa completíssimo, com os melhores pontos turísticos, bairros e restaurantes. Acha que faltou alguma coisa? Ficou com alguma dúvida? Me conta nos comentários!