Até pouco tempo atrás, quando alguém me falava de Belo Horizonte, tudo que eu pensava era em pão de queijo e doce de leite. Mesmo tendo um blog de viagens, não era capaz de citar uma atração famosa da cidade.
Acho que minha falta de interesse pela região vem das aulas de história da época de escola. Por anos escutei falar sobre as igrejas de Minas Gerais, e confesso que visitar esse tipo de atração é um dos programas que mais detesto quando estou turistando. Conclui, erroneamente, que essa viagem não era para mim.
Felizmente, esse ano pude descobrir o quanto estava errada.
Tive a oportunidade de visitar a capital mineira na companhia de dois blogueiros que eu adoro, a Débora do Foco do Mundo e o Matheus d’O Baú do Viajante, e fui surpreendida por uma cidade que vai muito além dos marcos religiosos. O único dos meus pré-conceitos que estava correto é que a comida é deliciosa (saudades, pão de queijo de verdade!!!!!).
Tive muita sorte por ter uma guia particular (beijo, Dé!) que morou a vida inteira na região, e que me apresentou aos melhores pontos turísticos. Como sei que nem todo mundo vai contar com essa facilidade, montei um roteiro por Belo Horizonte para quem vai fazer uma visitar a cidade pela primeira vez.
Tentei colocar todas as atrações em apenas dois dias, mas para aproveitar com tranquilidade acredito que o ideal seriam pelo menos três. Caso tenha ainda mais tempo, você pode explorar lugares próximos, como o Instituto Inhotim. Já tem post com várias dicas para conhecer esse incrível museu a céu aberto.
Roteiro por Belo Horizonte – 2 dias
Dia 1 – Parque Municipal, Mercado Central e Praça da Liberdade
Para o primeiro dia, a sugestão é conhecer o centro da cidade, bairro que abriga vários dos pontos turísticos da capital.
Comece passando a manhã no Parque Municipal Américo Renné Giannett, um oásis verde no meio da avenida Afonso Pena. Com 180 mil metros quadrados, o espaço remete aos famosos jardins franceses, e conta com quadra de tênis, parquinho para crianças, pista de patinação, lagoas artificiais com barcos e até um teatro com capacidade para mais de 500 pessoas.
Achei um passeio bem agradável, especialmente em dias de sol. Eu e a Débora passamos um bom tempo sentadas em banquinhos comendo doce de leite (não pude resistir, rs) e tirando fotos, e não me senti insegura em nenhum momento. Vi muitos comentários online falando que o local foi abandonado pela prefeitura, mas essa não foi minha impressão.
Perto do horário do almoço, faça uma caminhada de 15 minutos até o Mercado Central. Com mais de 400 lojas, lá é possível encontrar algumas das especialidades pelas quais o estado é conhecido, como queijos, cachaça e doce de leite. Também estão presentes diversos restaurantes e bares, onde você pode provar o famoso fígado acebolado com giló, comer um tira gosto ou só beber uma cerveja bem gelada.
Como nós queríamos economizar, comemos pastéis em uma loja próxima a uma das saída. O preço era bem convidativo, menos de R$3 por cada, e dois deles foram o suficiente para substituir uma refeição mais elaborada.
Depois de comer, caminhe cerca de 20 minutos e vá até a Praça da Liberdade. É nessa região que fica o circuito cultural, aglomerado de museus e espaços de conhecimento, como a biblioteca pública estadual e a Academia Mineira de Letras. Você pode conferir todos os 15 locais que fazem parte dessa atração no site oficial.
Visitei o Centro Cultural do Banco do Brasil e o Espaço de Conhecimento da UFMG. Esse último conta com uma exposição sobre a vida humana e sua trajetória, um terraço astronômico e um planetário cuja tecnologia foi produzida na Alemanha e projeta filmes em 360º. Caso queira visitar o CCBB, recomendo descobrir com antecedência o que está sendo exposto no período da sua viagem, para ver se te interessa.
Para quem gosta de história, outros pontos interessantes do circuito são o Museu Mineiro e o Museu das Minas e dos Metais.
Para terminar o primeiro dia do roteiro por Belo Horizonte, nada melhor do que aproveitar um dos botecos típicos da região. Nós fomos no Chopp da Fábrica, onde a bebida era super gelada e as porções muito bem servidas.
Dia 2 – Pampulha e Mangabeiras
Principal cartão postal da cidade, o conjunto arquitetônico da Pampulha foi eleito Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 2016. É o passeio ideal tanto para quem quer aproveitar o dia para relaxar e curtir a natureza, quanto para quem gosta de programas culturais.
Ao longo da lagoa existem diversos locais para andar de bicicleta, caminhar e até fazer um piquenique. Quem quiser manter as atividades físicas durante a viagem pode aproveitar para dar uma corrida ou pedalar. Ao seu redor também existem outras atrações, como a famosa Igreja de São Francisco e o Museu de Arte Moderna, que funciona onde previamente estava um dos maiores cassinos do Brasil.
Eu fui na Casa Kubitschek e adorei a experiência! No blog Coisos on the Go tem um post completo com várias fotos e curiosidades sobre a Casa Kubitschek na Pampulha!
A volta completa ao redor da lagoa tem em torno de 18km, então não é um passeio fácil para fazer a pé. Minha sugestão é ou escolher alguns pontos específicos próximos, ou então alugar um carro durante a sua estadia na cidade. Com a Rentcars consegui encontrar diárias em torno de R$90 reais em Belo Horizonte, e ainda é possível pagar parcelado no cartão!
Por ser um passeio extenso (muitas pessoas sugerem reservar mais de um dia para visitar apenas a Pampulha), o ideal é começar de manhã cedo e explorar até o começo da tarde, antes de passar para a próxima parte do roteiro.
A pouco mais de meia hora de distância de carro, está o Parque Municipal da Mangabeiras, na encosta da Serra do Curral. Com trilhas, quadras, parquinho, quiosques e outros atrativos, é outro passeio incrível para quem gosta da natureza. Como fecha cedo, às quatro da tarde, você pode aproveitar a proximidade com a Rua do Amendoim, e ver o fenômeno que faz com que o carro, mesmo no ponto morto, suba enquanto está em uma pequena ladeira.
Para encerrar o dia, visite um dos bairros mais famosos da cidade e vá até a Praça da Savassi, onde estão concentrados vários bares, perfeitos para um happy hour.
Mais tempo no roteiro por Belo Horizonte?
Se conseguir encaixar mais tempo no roteiro, sugiro visitar a Pampulha e o Parque das Mangabeiras em dias diferentes. Nesse caso, depois de explorar os melhores cantos da lagoa, a Av. Fleming é uma opção legal para encerrar a noite.
Você também pode fazer um bate e volta para Brumadinho e conhecer o famoso Instituto Inhotim, museu de arte moderna a céu aberto. Já tem post no blog falando sobre e com várias dicas para a sua visita, desde como chegar até melhores exposições.
E você, já conhece Belo Horizonte? Acha que faltou algum passeio para quem vai visitar a cidade pela primeira vez? Me conta nos comentários!
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