Eu sempre achei difícil escolher o que fazer em Sydney, pois são muitas opções.
Eu sei que é o caso com várias outras cidades, mas essa parte da Austrália sempre me deixa com um gostinho de quero mais. São tantos restaurantes, lugares escondidos, sobremesas maravilhosas, vistas, caminhadas, praias, que eu sinto que nem morando lá eu conseguiria ver tudo.
A parte boa é que a maior parte dos passeios populares podem ser feitos em uma única viagem, em pouco mais de uma semana.
Separei os 14 que eu mais gostei (e um que ouço falar super bem) para ajudar quem não tem certeza sobre o que fazer em Sydney.
No final ainda tem uma sugestão de roteiro para aproveitar os dias ao máximo!
Onde se hospedar em Sydney
Por ser uma cidade cara, a melhor opção é se hospedar no bairro com a maior parte das atrações, assim você economiza no transporte. Eu recomendo ficar no CBD (Central Business District), que é uma região mais central. De lá é possível pegar um ferry para visitar Manly Beach, e ir a pé para locais como Darling Harbour, Sydney Tower, The Rocks, Harbour Bridge e até para o Opera House.
Algumas das melhores opções de hotel na área são:
- Tem um post aqui no blog falando sobre os principais bairros para se hospedar em Sydney, com dicas dos melhores hotéis e hostels.
O que fazer em Sydney – 15 passeios grátis ou baratos
1. Manly Beach
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Sou suspeita para falar, já que amo Manly e foi lá que estudei em 2013, e onde me hospedei da última vez.
A praia é boa tanto para surfistas quanto para banhistas, os quais devem se atentar para nadar apenas nos locais sinalizados. No verão fica cheio de pessoa mais jovens, especialmente porque é um bairro com várias escolas de inglês para estrangeiros.
Fora a praia, lá também se encontram diversos restaurantes e lojas, todos reunidos em poucas ruas. A mais popular, The Corso, também tem um playground para crianças, pequenas fontes de água (perfeitas para lavar os pés depois de um tempo na areia), e ainda reúne performances de vários pequenos artistas ou wannabes.
Para comer, recomendo: burrito recheado de batata frita, avocado, queijo e carne no Chica Bonita; massas no Criniti’s e comida tailandesa deliciosa e barata no Manly Thai Gourmet.
Como chegar: Da cidade é só pegar um ferry para Manly, na plataforma 3 da Circular Quay. No começo da manhã e final da tarde também é possível ir de ônibus, apesar de ser mais demorado.
2. Shelly Beach
No final da praia de Manly, existe um caminho que leva até Shelly Beach. Andando um pouco mais de 10 minutos, é possível chegar em uma reserva natural, com água calma e cristalina.
É um dos pontos populares para fazer snorkeling e mergulho, e durante a semana vários grupos se reúnem para aprender a mergulhar com cilíndro. Levei algumas vezes a minha máscara e respirador, mas como fui em uma época mais fria não me aventurei muito na água.
Uma ótima opção para fugir do vento de Manly, já que a praia fica voltada para outra direção. A única desvantagem é que existe apenas um lugar para comer, e o preço é salgado. Sugiro levar lanches ou deixar para comer na volta para Manly.
Como chegar: Pegar o caminho indicado no final da praia de Manly.
3. Bondi Beach
No outro lado da cidade, Bondi Beach é uma das praias mais famosas de Sydney, e atrai turistas durante o ano inteiro.
É um dos lugares com mais brasileiros, os quais costumam escolher a região para estudar inglês. Compreensível, já que é perto do oceano, tem bairros mais baratos (Bondi Junction) e fica a apenas um ônibus de distância do centro da cidade.
A praia é linda, mas o que mais chama atenção é a piscina, cenário para milhares de fotos do Pinterest e Instagram.
A rua principal, de frente para a praia, tem um estilo praiano bem conhecido aqui no Brasil: restaurantes de frutos do mar, lojas de souveniers e de roupas de banho. Não consigo recomendar com propriedade algum lugar porque não comi por lá, mas ouvi falar bem do Speedo’s Cafe.
Como chegar: Da Circular Quay, é só pegar o ônibus 333 direto para North Bondi. É preciso ter um cartão pré-pago para pegar essa linha.
4. Coogee to Bondi Walk
Para os aventureiros que não querem apenas pegar um ônibus para a praia, a sugestão é fazer a caminhada de Coogee até Bondi.
O percurso dura em torno de duas horas e meia, e passa por lugares como Tamarama, Bronte e Clovelly. Cada uma deles é mais bonito que o outro, nem me arrisco a escolher um favorito.
Devido a fortes chuvas, uma parte do caminho foi interditada, e um desvio é feito por dentro do Waverley Cemetery. É um pouco estranho passar no meio de tantas lápides, mas por ser um cemitério antigo, grande parte delas são praticamente obras de arte.
Recomendo ir de tênis, roupas confortáveis e biquíni por baixo, para entrar no mar no final do percurso.
Como chegar: Estando na Circular Quay, o ônibus 373 leva até Coogee, e o começo da trilha fica no final da praia. Também é possível começar por Bondi e chegar em Coogee!
5. Royal Botanic Garden
Ou, no português, o jardim botânico real.
Do lado do Opera House, seus 30 hectares e mais de 8000 espécies de plantas atraem turistas todos os dias. Com uma vista linda para a principal baía da cidade, é um ótimo passeio para quem gosta de admirar a natureza e tirar fotos criativas.
São oferecidos walking tours grátis às 10:30 durante todo o ano, exceto nas épocas mais quentes. É recomendado usar sapatos confortáveis, já que a caminhada dura em torno de uma hora e meia.
Para quem não pretende fazer o tour, o site oficial oferece uma lista com os jardins considerados imperdíveis.
6. Opera House
Dá para escrever uma lista sobre o que fazer em Sydney sem incluir Opera House? Eu acho que não.
Mentira, claro que dá, mas deu para entender o meu ponto.
Talvez a atração turística mais famosa da Austrália, essa obra da arquitetura chegou a ser uma das finalistas para a lista das maravilhas do mundo moderno. Para criar o projeto, o governo local criou uma competição de design, e o até então desconhecido Jørn Utzon foi o grande vencedor.
Apesar de sua construção ter começado em 1959, o Opera House só foi inaugurado em 1973, depois de vários problemas com o projeto. O arquiteto chefe, que foi obrigado a sair do cargo no meio do trabalho, nunca chegou a visitar sua obra concluída.
Hoje a casa abriga shows, peças e restaurantes, mas há pouquíssimo que possa ser visto da parte de dentro sem pagar. Para os que fazem questão de conhecer seu interior e não tem tempo ou verba para assistir a um espetáculo, são oferecidos tours a partir de A$37.
Como chegar: Pegar qualquer ônibus ou ferry que pare na Circular Quay e ir andando, aproximadamente 5 minutos.
7. Darling Harbour
Uma das marinas mais agitadas e turísticas de Sydney, lar do aquário e do famoso museu de cera Madame Tussaud.
Apesar de ser um programa agradável para fazer durante o dia, é depois que o sol se põe que a verdadeira magia do lugar aparece. Luzes, restaurantes cheios, baladas e outras opções de entretenimento fazem de Darling Harbour um ótimo lugar para curtir a noite na cidade.
Para os aficionados por filmes, lá também se encontra a maior tela IMAX do mundo. Infelizmente o cinema está em reforma e a previsão de reabertura é apenas em 2019.
Como chegar: É possível pegar um ferry ou ônibus na Circular Quay.
8. Pitt St. Mall
Shopping a céu aberto, que na verdade é uma rua que reúne a entrada para vários outros shoppings. Acho que essa seria a melhor descrição para o Pitt St. Mall.
Com gigantes como Sephora, Zara e Microsoft, essa rua reúne os fanáticos por compras e os que gostam de apreciar um bom show. Isso porque, durante o dia, diversas pessoas ficam tocando, dançando ou fazendo apresentações.
Em 2013, a minha favorita era do Joe Moore, vice-campeão do The Voice Australia alguns anos depois.
É um ótimo ponto de partida para quem não sabe o que fazer em Sydney e resolve ir as compras, já que de lá é possível ter acesso ao Westfield Sydney, ao MidCity Shopping Centre e o The Galeries.
Como chegar: A Pitt St. começa na Circular Quay, então é só ir andando até chegar na parte onde as lojas estão concentradas.
9. The Rocks
Bairro mais antigo da cidade, o The Rocks é hoje uma das partes mais populares da região, com suas construções de época e street markets tradicionais.
Em 1900, com o surgimento da peste bubônica na região, alguns moradores começaram a considerar a vizinhança uma parte “suja” e que não valia a pena ser mantida. O governo, concordando com essas afirmações, comprou diversos prédios para demoli-los, para dar lugar a um “novo The Rocks”.
Com essa ideia, e com a construção da Harbour Bridge, diversos moradores tiveram que ser realocados, e a população começou a questionar a direção que o desenvolvimento do bairro estava tomando. Depois de diversos protestos, o plano para reconstrução foi abandonado, e uma nova era de revitalização teve início.
Hoje o local conta com restaurantes, lojas, shoppings e até walking tours assombrados. Muitas são as histórias de assassinatos e fantasmas na região. O mercado de rua no final de semana também é uma grande atração local.
Recomendo o restaurante Pancake On The Rocks, aberto 24hrs e que, apesar do nome, serve muito além de panquecas (mas aconselho experimentá-las porque são deliciosas!).
Como chegar: 5 minutos andando, a partir da Circular Quay, na direção contrária do Opera House.
10. Queen Victoria Building
Ou QVB, como também é conhecida, é uma das construções mais famosas da cidade. Originalmente uma casa de shows, ela já foi prefeitura e até biblioteca. Hoje ela abriga uma mistura de lojas de luxo, populares, cafés, restaurantes e uma arquitetura de época que impressiona qualquer um.
Por ser bem no centro da cidade, o prédio está sempre cheio, e é fácil se perder dentro dele, já que seus andares subterrâneos passam por baixo das ruas de Sydney! Confesso que demorei um bom tempo para aprender a me localizar lá dentro.
Como chegar: É possível seguir a George St. a pé, a partir da Circular Quay, até chegar, ou pegar um ônibus ou trem que pare perto da Town Hall.
11. Harbour Bridge
Um dos passeios que mais me arrependi de não ter feito na minha primeira visita. A partir de uma rua no The Rocks, é possível chegar em um caminho para pedestres que atravessa toda a ponte.
A vista para o Opera House é uma das mais bonitas que já vi, com uma ótima visão de todos os ferrys e barcos que chegam na Circular Quay. Só é possível andar de um lado da ponte, então não é preciso atravessar e voltar com o objetivo de ver paisagens diferentes.
Para os mais aventureiros, é possível escalar um dos arcos principais. Esse tipo de tour é realizado pela Bridge Climb, e custa a partir de A$250, com duração aproximada de 3 horas. É possível escolher uma escalada no meio do dia, noite, ou até no crepúsculo ou nascer do sol.
É possível reservar pelo TripAdvisor, escolhendo a opção “Sydney Bridge Climb”.
Como chegar: As escadas que dão acesso a ponte ficam na Cumberland Street.
12. Palm Beach
Um pouco mais afastado que Manly ou Bondi, Palm Beach é um daqueles lugares que transmitem uma vibe de verão: churrasqueiras, duas praias, restaurantes a beira mar, trilhas, um farol e muita tranquilidade.
Por estar um pouco mais frio, estava bem vazio e com quase nada para fazer quando fui até lá. Fizemos a caminhada até o topo do Lighthouse, tiramos algumas fotos, andamos um pouco e logo voltamos para Manly para comer.
Por ser mais afastado e demorar para chegar, é um passeio que considero que só vale a pena para quem tem tempo sobrando, apesar de ser lindo.
Como chegar: Pegar o ônibus L90 na Wynyard Station.
13. Walking tour grátis
Não sabe o que fazer em Sydney ou por onde começar a conhecer a cidade? Que tal um walking tour?
Oferecido pela I’m Free Tours, é uma caminhada de aproximadamente duas horas e meia com um guia local, que conta um pouco da história e curiosidades que só um residente sabe. Passa pelo Hyde Park, QVB, prefeitura, primeiro hospital e prisão, The Forgotten Songs e vários outros pontos turísticos.
Eles ainda dão um mapa com sugestões de passeios, restaurantes e programas gratuitos ou baratos.
Escrevi tudo sobre a minha experiência no post Walking Tour Grátis em Sydney. Fica a dica de leitura para quem gostou da sugestão!
14. Sydney Tower
Essa é para quem gosta de torres de observação para ver a cidade de cima. A Sydney Tower oferece uma vista privilegiada com seus 309 metros de altura, sendo um dos melhores lugares da cidade assistir o pôr do sol.
Por A$50, também é possível fazer um tour guiado de 45 minutos pelo lado exterior da torre, sem nenhum vidro para atrapalhar a visão.
A entrada para o deck de observação custa A$28, preço que pode ser reduzido se os ingressos forem comprados online e com data marcada.
Para quem tem um budget mais flexível, existe um restaurante buffet rotatório na torre, que oferece mais de 55 pratos de culinária internacional.
15. Blue Mountains
Duas horas de trem de distância do centro da cidade, as Blue Mountains têm esse nome pela neblina formada pelas diversas florestas de eucalipto na região.
Dessa lista, é o único passeio que eu não fiz, apesar de ter sido recomendado por todo mundo que conheci. Não fiquei muito interessada na época da escola e achei muito longe para gastar um ou dois dias nessa última viagem.
Mas, para quem gosta de natureza, é um prato cheio! Trilhas, escaladas e explorar cavernas são algumas das atividades de aventura oferecidas no local.
Sugestão de roteiro:
Dia 1: Walking tour grátis; Andar pela Harbour Bridge; The Rocks
Dia 2: Opera House; Royal Botanic Garden; Darling Harbour
Dia 3: Manly Beach; Shelly Beach
Dia 4: Coogee to Bondi Walk; Bondi Beach
Dia 5: Queen Victoria Building; Pitt. St. Mall; Sydney Tower
Dia 6: Blue Montains
Dia 7: Palm Beach
E é isso! 15 sugestões sobre o que fazer em Sydney! Qual vocês têm mais vontade de visitar?
Gostaram desse post com uma sugestão de roteiro no final? Devo fazer sempre? Agradeceria opiniões nos comentários 🙂