Na dúvida se você compra um iPhone ou Xiaomi? Então leia esse post onde eu conto porque fiz essa troca e se valeu a pena.
Eu não costumo escrever posts como esse aqui no blog, mas achei que o assunto seria interessante, especialmente porque falo tanto sobre compras.
Antes de mais nada, quero deixar claro que eu nunca tive um smartphone que não fosse iPhone.
Desde 2010, quando tive meu primeiro smartphone, comecei com um iPhone 4.
Em 2012 passei para o iPhone 5.
Em 2014 no Canadá enfrentei a fila de lançamento para o iPhone 6.
E, por algum motivo, me desanimei com os lançamentos repetitivos e acabei só trocando o meu 6 quando ele praticamente morreu em 2018.
Na ocasião, o iPhone X já havia sido lançado, mas eu escolhi comprar um iPhone 7 já que era o que eu podia pagar.
Em 2020 eu senti necessidade de, novamente, fazer um upgrade.
Estava esperando lançar o iPhone 12, porém os preços me desanimaram.
Especialmente porque, trabalhando com a internet, eu preciso de um aparelho com muito espaço para dar conta de tantos apps e fotos.
Ou seja, planejava desembolsar mais de mil e duzentos EUROS em um celular novo.
Esse valor era absurdo para mim, mas eu nem considerava outra opção.
Por que eu não queria deixar o iPhone?
Como qualquer usuária assídua da Apple, meu maior problema com as alternativas era o sistema operacional.
Afinal, qualquer pessoa sabe que o iOS, feito especialmente para o iPhone, roda muito melhor do que o Android, feito para inúmeros dispositivos.
Na minha concepção, o Android:
- Era feio
- Travava muito
- Era inseguro
Veja bem que eu nunca tinha utilizado um Android, essa era apenas a minha concepção vendo os celulares dos meus amigos, além das opiniões da internet.
Além disso, o meu computador de trabalho também é da Apple.
Para mim, seria muito mais conveniente continuar a utilizar um smartphone da empresa, já que assim tenho acesso fácil as minhas fotos no meu computador, as minhas notas (de mais de 10 anos) são sincronizadas, minhas senhas já estão salvas, meus contatos…
Realmente, a única coisa que me deixava apreensiva em fazer um upgrade de iPhone era o preço.
O que me fez desistir do iPhone?
Honestamente, o preço foi a minha maior motivação para sair da Apple.
Não achava sensato gastar milhares de euros (eu moro em Portugal, mas o mesmo serve para reais ou dólares) em um celular que era praticamente igual aos modelos anteriores, porém com alguns avanços na câmera ou processador.
Além dos cabos originais caríssimos.
E nem me fale sobre os fones, ou sobre os carregadores sem fio que só funcionam bem se forem o da marca Apple.
Tudo um absurdo.
Além disso, se pensarmos friamente na parte de hardware, eu estava com um iPhone 7.
Eu nem sequer tinha modo retrato ainda.
Praticamente qualquer celular que eu comprasse teria uma câmera melhor do que a minha atual.
Além disso, a câmera até é importante para o meu trabalho.
Mas eu tenho uma câmera mirrorless Sony Alpha-5000.
Além de uma Xiaomi YI (a GoPro da Xiaomi).
Uma câmera boa já era mais que o suficiente para gravar stories ou tirar fotos do dia a dia.
Eu não precisava da câmera tripla do iPhone 12.
Desistir do hardware para mim, foi muito fácil.
O difícil mesmo foi me convencer do sistema operacional.
Mas resolvi arriscar por um motivo simples.
O MIUI.
Por que eu escolhi um celular da Xiaomi?
Eu já tinha inúmeros produtos da Xiaomi antes de resolver trocar de celular.
Tinha balança inteligente. Câmera de ação. Bateria extra.
Todos sem nenhum problema. Pelo contrário, me surpreenderam pela qualidade por um preço tão acessível.
A câmera na época tinha as mesmas configurações da GoPro e custava metade do preço. A bateria extra ainda funciona perfeitamente depois de quase dois anos (o que eu acho que é honestamente um milagre).
Por isso, eu não precisava de muito convencimento para escolher um smartphone da marca.
Porém, duas coisas me chamaram atenção:
O custo-benefício pelas características de cada aparelho.
O que eu estava de olho era o Mi Note 10. A linha Note costuma ter as melhores câmeras da Xiaomi.
Nesse caso, esse modelo tinha uma câmera de 108 MP, além de outras 4 câmeras, câmera frontal de 32MP.
Além disso, 128GB de memória e ótimo processador, já que era o carro-chefe da marca para quem gosta de jogar no celular.
Tudo isso por menos de €500.
Metade do preço do iPhone.
Mas o que me fez bater o martelo de vez para a Xiaomi foi outra coisa.
O MIUI.
Diferente de outras marcas, a maioria dos modelos da Xiaomi não tem uma versão pura do Android.
E sim uma edição feita pela empresa, chamada MIUI.
Essa edição retira algumas características que os desenvolvedores consideram desnecessárias e adiciona novas, como a possibilidade de colocar temas, outros apps e muito mais.
Na minha opinião, é uma versão mais limpa do famoso sistema operacional.
Isso para mim foi a cereja no bolo, já que vi o MIUI em ação e achei bonito, customizável e vi que rodava muito rápido.
Bem diferente do que eu esperava.
Resolvi fazer a compra e, depois de quase 10 anos, abandonei a Apple para passar para a Xiaomi.
E o que eu achei?
É difícil sair de um sistema operacional para o outro?
De maneira resumida, não.
Apesar de algumas coisas estarem em lugares diferentes (como o painel de controle, que no Android aparece se você arrastar para baixo a tela, ao contrário do iOS que é para cima), os sistemas são muito parecidos.
Todos os apps que eu usava no iOS também existiam para Android.
Inclusive, os que eram de assinatura eu apenas loguei no meu celular novo e continuei pagando através da Apple, para ter o menor trabalho possível.
Para acessar minhas fotos do computador, só acionei o Google Drive. Não é tão rápido quanto o Fotos do iPhone, mas também não é nada de mais.
Para os meus dez anos de notas, resolvi utilizar o Notebook, que é compatível com todos os dispositivos. Copiei as notas mais importantes da Apple para um caderno chamado OLD no Notebook e pronto, problema resolvido.
A única dificuldade foram os meus contatos. Os dois sistemas não possuem um sistema de para compartilhá-los, então é preciso usar um aplicativo de terceiros (bem fácil) ou copiar manualmente.
Eu aproveitei e em vez de importar dez anos de contatos, só adicionei as pessoas que eu realmente ainda falo. Acho que foram umas vinte.
A única dificuldade real foi me acostumar com o teclado, mas em alguns dias já peguei a prática.
O Android é mesmo tão ruim assim?
Não mesmo.
Não posso responder por todos os smartphones usando Android, afinal, o meu tem ótimo processador e usa o MIUI em vez de Android puro.
Porém, na questão de não travar e não ficar lento…
Eu achei igual ao iOS.
Tenho zero reclamações nesse quesito.
Eu achei que era o que mais ia me incomodar, mas não vi diferença em velocidade ou facilidade de uso.
Além disso, na questão de beleza, eu deixei de uma maneira bem limpa e simples, o que foi fácil já que o Android é facilmente customizável (e a Xiaomi ainda trabalhou para deixá-lo mais bonito).
Tirei aquela barra do Google que eu acho horrorosa, removi aquela barra de botões na parte de baixo e voilá.
Lindo e fácil de usar.
Eu confesso que me surpreendi muito positivamente.
Só tem duas coisas que me incomodam em relação ao iOS.
A primeira é o fato de que o assistente da Google não me escuta com a tela desligada.
Eu usava muito a Siri para cozinhar ou quando estava passando produtos para pele – dois momentos em que minhas mãos ficavam sujas – e gostava de só falar “Hey Siri” e poder pedir o que eu queria.
Com esse celular não consigo fazer o mesmo, o que faz com que colocar timers nesses momentos seja bem chato.
Mas estou sobrevivendo, rs.
A segunda, infelizmente, é o Instagram.
Todo mundo sabe que o aplicativo foi feito inicialmente para o iOS, e para mim a diferença é nítida entre o uso nos dois aparelhos.
Não falo de ver conteúdo, isso funciona muito bem.
Mas quando falamos de gravar stories, por exemplo, é óbvia a diferença de qualidade entre um iPhone e qualquer outro aparelho. Para trocar a cor ou fonte de um texto, muitas vezes as opções ficam por baixo do teclado, tornando-as inacessíveis, a não ser que eu use a opção de teclado flutuante.
Além disso, por algum motivo no meu celular eu não consigo gravar uma sequência de vídeos continuamente, gravando apenas 15 segundos e parando.
É algo que me incomoda mas que não faz com que eu me arrependa de ter trocado de sistema operacional.
E o aparelho da Xiaomi, é bom?
Eu já me considero testemunha da Xiaomi a esse ponto.
Tanto que já comprei dois produtos depois do celular (a Mi Band para esportes e os Air Dots, fones sem fio).
O celular é resistente (já deixei cair mais vezes do que gostaria de admitir), tem ótima capacidade de processamento, não trava, é rápido e cumpre o que promete.
A câmera é muito boa, com diversas funções legais, porém admito que não é nenhuma câmera de iPhone.
Além disso, como já deixei claro, o MIUI é um diferencial enorme da marca, e acho que deixa mais fácil a experiência de quem está partindo do iOS para o Android.
Pessoalmente pelo valor, eu estou espantada com a qualidade.
Então, vale a pena trocar de Apple para Xiaomi?
Pessoalmente, eu achei que valeu a pena.
Eu precisava de um celular rápido, com muita memória e boa câmera.
O Xiaomi Note 10 me proporcionou exatamente isso, por menos que metade do preço de um iPhone.
Não me arrependo.
Porém, contudo, todavia…
Se você é uma pessoa que precisa de uma câmera profissional no seu celular, eu iria com o modelo top de linha do iPhone.
Na minha opinião, a Xiaomi consegue competir com a Apple em todas as categorias e ganhar em muitas devido ao custo-benefício, mas mesmo com a câmera de 108 MP, é inegável que as câmeras de iPhone são de outra categoria, especialmente as dos modelos Pro.
Agora, se você pretende usar a câmera apenas para tirar fotos incríveis para o Instagram e registrar seus melhores momentos, e não para trabalho, a Xiaomi mais do que dá conta do recado.
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Eu sei que a marca vende oficialmente já no Brasil, mas os preços na Amazon são muito melhores, além da loja oferecer uma grande diversidade de modelos.
O meu, como já mencionei, é o Mi Note 10.
Mas você também pode dar uma olhada no Mi 10T, ou no Red Mi 9T.
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