O que vou dizer vai parecer engraçado, mas quando eu vou viajar eu já sei que alguma coisa vai dar errado.
Já comentei em outro post que a viagem perfeita não existe, e essa é uma lição que eu sempre levo na mala.
Quando eu e a Amanda planejamos nossa viagem para Tailândia, muitas foram as nossas dúvidas. Quais ilhas visitar, quais cidades, o que fazer, o que não fazer, onde comer, quanto dinheiro, segurança e por aí vai…
E apesar de considerar essa viagem um sucesso, não foram poucos os erros que cometemos.
(Fora, claro, as situações como estar em uma van às cinco da manhã só nós duas com um motorista que não falava inglês. Mas essa não dá para chamar de erro porque o passeio foi incrível rs.)
Nesse post eu vou contar as maiores furadas e perrengues que passamos, para tentar evitar que você passe pelas mesmas situações na sua visita ao país.
Também espero que você consiga ver que, mesmo os viajantes mais experientes cometem erros, às vezes até os bobos. Faz parte de viajar e não tem do que se envergonhar ou ficar com medo.
7 Erros que eu cometi na minha viagem para Tailândia
1. Pegar táxi no hotel
Começamos nossa viagem por Phuket, e no segundo dia acordamos cedo para conhecer o famoso Big Buddha.
Como não fazíamos ideia de como chegar lá, perguntamos no balcão de transporte do hotel. Eles nos ofereceram um táxi, que nos levaria até o local e esperaria até estarmos prontas para ir embora.
Achamos ótimos e fechamos o passeio, e o custo do carro não foi alto. Mas isso é porque estávamos pensando em quanto uma corrida dessas custaria em São Paulo ou em Floripa (onde praticamente não existe táxi e a tarifa é absurda).
Ao longa da viagem, percebemos que pagamos muito caro para os valores da Tailândia. Se tivéssemos negociado com um taxista no ponto próximo ao hotel, com certeza teríamos gastado metade do preço.
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Não usar roupas apropriadas
No mesmo passeio do Big Buddha, descobrimos que mesmo não sendo um templo, era preciso cobrir, pelo menos, as pernas e os ombros. A minha blusa até era de manga curta, mas eu estava de short jeans (afinal, eram 8 da manhã mas estava mais de 30ºC).
Não foi problema nesse dia, pois havia um quiosque na entrada entregando panos para que os turistas pudessem se cobrir.
Em Chiang Mai, tiramos uma tarde apenas para visitar os templos, e eu não tinha uma saia comprida e minhas calças eram muito quentes para o clima. Acabei comprando uma calça fresquinha com estampa de elefante, que colocava por cima do short toda vez que precisava me vestir de forma mais modesta.
Na nossa tentativa de entrar no Grand Palace em Bangkok (vou falar mais sobre mais adiante), fomos as duas com as pernas cobertas, de regata, e colocamos echarpes para tapar os ombros. Apesar de ter funcionado em todos os templos, fomos impedidas de entrar no palácio e fomos obrigadas a comprar bolerinhos para cobrir os braços. Até hoje eu começo a rir quando lembro da cena.
Malas de rodinha para ir para Railay Beach
Railay Beach é uma área isolada de Krabi, e só é possível alcançá-la de barco. Nosso plano era pegar um ferry de Phuket até Railay, e passar dois ou três dias por lá.
Começamos nossa jornada de ferry e primeira surpresa: foi necessário trocar de embarcação no meio do oceano. Tudo certo, garantimos que as malas estavam também a bordo e seguimos viagem.
Ao avistarmos a praia, fomos conduzidas, junto com os outros passageiros que iam ficar em Railay, para um long boat, aquele barquinho típico da Tailândia. Acontece que os barcos maiores não conseguiam chegar até a areia, e essa era a única forma de alcançar nosso destino. Os funcionários nos ajudaram a colocar as malas no long boat e partimos para a praia.
E aí, a maior surpresa de todas: o barquinho não parou na areia, e sim uns 10 passos antes. O condutor esperava que cada passageiro pegasse sua mala e andasse até a terra firme. Ok, não era uma parte funda e a água não chegava nem até as minhas coxas, mas como eu ia levar uma mala de rodinhas grande de 25kg até a areia? HELP!
Eu olhava pra Amanda, ela pra mim, e a gente não sabia se ria, se desistia da mala ou se só aceitávamos que elas iam entrar no mar mesmo.
Por sorte um americano que estava a bordo nos ajudou e as malas ficaram secas e continuaram a viagem com a gente.
O pior dessa situação é que eu já tinha lido sobre isso em outro blogs, mas achei que não seria problema. HA! Para ser justa, foi um dos únicos momentos em que ter uma mala de rodinha foi desvantagem na Tailândia.
Uma das piores coisas que você pode fazer em uma viagem para Tailândia é não contratar um seguro viagem! Como a culinária do país é bem diferente da brasileira, com outros temperos e ingredientes, muitos viajantes ficam doentes e precisam de atendimento médico. Emergências também são comuns, já que o destino oferece inúmeras atividades de aventura como mergulho, escalada e trilhas.
Com um seguro viagem você liga para a seguradora e é encaminhado para o centro de atendimento conveniado mais próximo. A maior parte das empresas já cuida da parte financeira antes mesmo de você chegar ao local, assim não é preciso desembolsar um centavo.
Ficar em Railay Beach em vez de Koh Phi Phi
Um dos piores erros que eu cometi na minha viagem para Tailândia!
Depois de todo o trabalho para chegar em Railay Beach, descobrimos que o local não era nossa praia (com perdão do trocadilho, rs).
Era muito pequeno, não tinha vida noturna e nós não estávamos afim de fazer escalada, a principal atividade da região. Aproveitamos a primeira tarde para pegar sol e curtir o mar, mas resolvemos conhecer Phi Phi no dia seguinte.
Gostamos muito mais da atmosfera de lá. Bares, restaurantes, festas, pessoas animadas… tudo que Railay não tinha. Infelizmente já havíamos acertado o hotel e não era possível conseguir reembolso, além de não ter como voltar no dia seguinte antes do horário do nosso check-out.
Concluímos que esse foi um erro de planejamento. Nada deu errado nessa parte da viagem, mas ela poderia ter sido melhor se tivéssemos escolhido ficar em Koh Phi Phi.
Vários blogs e até o guia da Lonely Planet recomendaram Railay, por ser menos turístico e mais intocado, mas só indico para casais ou para quem busca sossego. Não era o nosso caso.
Passar um dia em Krabi Town
Havíamos resolvido seguir de Railay para Chiang Mai, percurso que teria que ser feito de avião devido a distância entre as regiões. O aeroporto mais próximo, porém, ficava em Krabi Town.
Era apenas um trecho de long boat entre Railay e Krabi Town, mas compramos um voo que saía às 8 da manhã, e seria necessário pegar o barco antes do amanhecer para chegarmos a tempo.
Como não sabíamos se essa era uma alternativa possível, quem dirá segura, resolvemos passar a noite na cidade para evitar problemas no caminho até o aeroporto.
Infelizmente, nossa impressão não foi das melhores. Não sei se foi o calor, mas não vimos praticamente ninguém andando pelas ruas, e ficamos apreensivas ao procurar um restaurante para almoçar.
Pegamos uma chuva forte no meio da tarde, e passamos o resto do dia no hotel, pedindo pizza para jantar (tá aí outra situação engraçada, você já tentou pedir delivery pelo telefone em tailandês?). Um dia “perdido”, que poderia ter sido aproveitado na praia se tivéssemos comprado um voo para depois do almoço.
Novamente, nada deu errado, mas o planejamento não foi dos melhores.
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Andar em Chiang Mai no calor do meio-dia
Acho que o título já explica, né?
Chegamos em Chiang Mai pouco depois das 10, e ao meio-dia já havíamos feito check-in no hotel e estávamos prontas para explorar.
Não levamos em consideração que estava sol, sem nuvens e um calor absurdo.
Saímos com fome procurando pelo restaurante indicado pela recepcionista do hotel, e passamos por vários templos pelo caminho. Entramos em vários, e fomos ficando cansadas e mais famintas.
Ao final do terceiro templo, eu não sei quem estava mais mal-humorada, eu ou a Amanda hahaha Nenhuma das duas é muito agradável quando está com fome.
No final, mesmo depois de alimentadas, estávamos exaustas e com dor de cabeça. Exploramos mais alguns templos, mais para dizer que conhecemos, e acabamos indo fazer massagem.
Erro de principiante: não consideramos o clima e tentamos fazer o máximo possível em pouco tempo, sem pensar se nossos corpos aguentariam. “Perdemos” o resto da tarde nos recuperando na piscina do hotel (difícil!!), e saímos para jantar e conhecer melhor a cidade a noite.
Enfrentar o trânsito de Bangkok
Bangkok é famosa por muitas razões, e o trânsito louco é apenas uma delas.
Eu confesso que não lembro direito o porquê de termos demorado para sair nesse dia, mas deixamos o hotel por volta das 11 da manhã para ir até o Grand Palace, onde o rei costumava morar.
Não pensamos que era perto da hora do pessoal sair para almoçar e que o local era longe de onde estávamos hospedadas. Nos arrependemos no meio do caminho. O trânsito era lento, nossa fome aumentava e parecia que não íamos chegar nunca.
Mais de uma hora depois, conseguimos chegar perto do palácio e nosso motorista nos falou que iria parar por ali, ou ficaríamos presos no engarrafamento por mais um tempo considerável.
Chegamos novamente no mesmo problema de Chiang Mai: as duas com fome, no calor do meio-dia e mal-humoradas pelo tempo dentro do carro. Não preciso dizer que precisar comprar os bolerinhos para cobrir os braços não ajudou muito, né? Hahahahahahaha Eu não consigo escrever isso e não rir. BOLERINHOS!!!!
Enfim, conseguimos passar a multidão de turistas e chegar na entrada, onde descobrimos que o ingresso custava pouco mais de R$50. Desistimos e fomos procurar um McDonald’s.
Sim, nós somos esse tipo de pessoa (e era final de viagem e ninguém aguentava mais comida apimentada). Devíamos ter saído do hotel em um horário com pouco menos trânsito para evitar todo estresse.
E aí estão 7 erros que eu cometi na minha viagem para Tailândia. Teve mau planejamento, descuidos de principiante e vários momentos de falta de atenção.
Espero que esse post te ajude caso você pretenda visitar esse país maravilhoso, e te dê confiança para saber que, mesmo se algumas coisas não saiam como o esperado, a sua experiência ainda pode ser incrível!
E agora me conta… qual o maior erro que você já cometeu em uma viagem?
Adorei!!! Vai me ajudar muito .. Obrigada
Amei demais esse post e dei várias risadas. São erros que a gente, depois de cometer, pensa “nossa, como eu consegui fazer isso”, ne? Passamos por alguns desses erros também 🙂
Nossa, Victoria, nem me diga! rs Vários deles eu fico pensando “MAS COMOOOOOO??” hahahaha
Adorei esse post! Alem de engraçado, ajuda muito pra termos de guia o que não fazer!
Que bom que gostou 🙂
Sensacional! Obrigada pelas dicas!!