Comprar Eletrônicos no Exterior: Dicas e Informações Essenciais

Escrito em

Por Alyssa Prado

Descubra tudo o que você precisa saber para comprar eletrônicos no exterior e evite surpresas como impostos e diferenças de voltagem!

Se você costuma viajar para o exterior, provavelmente já sabe que essa é uma oportunidade imperdível para comprar eletrônicos. Afinal, os preços na América do Norte e na Europa são muito inferiores a aqueles praticados na América Latina ou na Ásia.

Porém, antes de fazer suas comprinhas, é importante entender que não são todos os eletrônicos que vão funcionar no Brasil, e que existem várias regras de importação quando se trata de eletrônicos.

Nesse post, eu te conto tudo que você precisa saber para comprar eletrônicos no exterior, incluindo diferenças entre voltagens e frequências, as regras da alfândega, e até mesmo dicas de quais eletrônicos você pode comprar lá fora!

Diferenças nos eletrônicos ao redor do mundo

Ao comprar eletrônicos no exterior, é importante estar ciente das diferenças que existem em relação aos produtos vendidos no Brasil. Algumas das principais diferenças são a voltagem, frequência, plug (tomada) e garantias.

Voltagem

A voltagem é uma das principais diferenças entre os eletrônicos vendidos no Brasil e em outros países. Enquanto no Brasil a voltagem é de 110V ou 220V, em outros países pode variar de 100V a 240V. Portanto, é importante verificar a voltagem do produto antes de comprá-lo, para garantir que ele funcionará corretamente no Brasil.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a voltagem normal é 110V, que já não funcionaria no sul do Brasil ou em várias capitais sem um transformador.

Caso vá viajar para um país com uma voltagem diferente da utilizada na sua casa, opte por comprar eletrônicos que são bivolts, ou seja, que funcionam nas duas voltagens. Essa configuração é padrão, por exemplo, para smartphones e notebooks.

Frequência

Outra diferença importante é a frequência da energia elétrica. No Brasil, a frequência é de 60Hz, enquanto em outros países pode ser de 50Hz ou 60Hz. Isso pode afetar o desempenho de alguns aparelhos eletrônicos, como televisores e monitores, por exemplo.

Um exemplo comum aqui são os produtos de cabelo da Dyson, que não só não são bivolts, como tem frequências diferentes de acordo com onde são vendidos, fazendo com que eles não funcionem em todos os países da Europa. Uma loucura, rs.

Plug (Tomada)

O plug, ou tomada, é outro aspecto que pode variar de país para país. No Brasil, utilizamos o padrão NBR 14136, enquanto em outros países pode ser utilizado um padrão diferente. Portanto, é importante verificar se o produto vem com um adaptador ou se é compatível com o padrão brasileiro.

Essa é a parte mais fácil de resolver, pois você pode apenas comprar um adaptador. Nesses casos, o adaptador não interfere nem na voltagem ou na frequência (não é um transformador), é apenas para encaixar na tomada mesmo.

Garantias

Por fim, é importante estar ciente das diferenças em relação às garantias dos produtos. Em alguns países, as garantias podem ser diferentes das oferecidas no Brasil, ou até mesmo inexistentes. Portanto, é importante verificar as políticas de garantia do fabricante antes de comprar um produto no exterior.

No caso da Apple, por exemplo, que é uma das marcas mais compradas pelos brasileiros no exterior, a garantia é válida ao redor do globo. Ou seja, se você comprar um iPhone nos Estados Unidos e tiver problemas com ele no Brasil, a garantia ainda será aplicada.

Entendendo as Regras da Alfândega

Limites de Isenção Fiscal

Ao comprar eletrônicos no exterior, é importante estar ciente dos limites de isenção fiscal estabelecidos pela alfândega brasileira. Atualmente, os viajantes que retornam ao Brasil têm direito a uma cota de isenção de US$1000 em compras realizadas no exterior, sem precisar pagar impostos sobre esses produtos.

Você tem direito, no entanto, a trazer um celular de uso pessoal sem entrar nessa cota. Ou seja, se for comprar um iPhone durante a viagem, basta não levar o celular antigo e retornar apenas com o novo aparelho, para que ele conte como seu celular pessoal e não seja considerado dentro dos US$1000.

Declaração de Bens e e-DBV

Ao retornar ao Brasil, é obrigatório declarar à Receita Federal os bens adquiridos no exterior que excedam a cota de isenção fiscal estabelecida. Para facilitar esse processo, a utilização do sistema eletrônico e-DBV (Declaração Eletrônica de Bens de Viajantes) pode ser uma opção conveniente. Essa declaração permite informar os bens adquiridos de forma ágil e eficiente, evitando problemas na chegada ao país.

Você até tem a opção de não declarar seus eletrônicos comprados no exterior mesmo que eles ultrapassem a cota. Aqui, é sorte. Pode ser que a alfândega te pare e reviste suas compras, e nesse caso você terá que pagar 100% do valor excedido, assim como pode ser que nada aconteça e você consiga entrar no país sem pagar nada.

Melhores eletrônicos para comprar no exterior

Aqui no blog tem um post completo sobre os melhores eletrônicos para comprar no exterior. Aqui estão alguns produtos que se destacam:

Apple no geral

Já mostrei em diversos posts aqui no blog sobre como vale a pena comprar Apple, tanto nos Estados Unidos e Canadá quanto na Europa. Mesmo incluindo impostos, subtraindo o VAT pelo sistema de tax-free, pagando o excesso de cota na alfândega, não importa a conta… é sempre mais vantajoso comprar esses aparelhos lá fora.

Isso inclui iPhones, iPads, Macbooks tanto Pro quanto Air, Mac Mini, Mac Studio, Apple Watch e até mesmo os fones de ouvido, tanto na versão AirPods quanto AirPods Pro. Se planeja comprar um produto da Apple e tem uma viagem programada, espere para comprar no exterior.

Você pode ver as contas nos meus posts sobre se ainda vale a pena comprar Apple na Europa, e se ainda vale a pena comprar Apple nos Estados Unidos.

Computadores

Além da Apple, uma boa opção para comprar lá fora são computadores. Marcas renomadas como Dell, Acer e LG possuem vários modelos que são mais baratos do que o preço das lojas no Brasil.

Além disso, se você é gamer ou tem um computador desktop, também pode se beneficiar ao comprar as peças de computador no exterior. Uma placa de vídeo RTX4070, por exemplo, pode custar em torno de US$579 nos Estados Unidos, em torno de R$3000 na cotação atual, enquanto a mesma placa custa mais de R$4500 no Brasil.

A marca Dyson tem alguns dos melhores eletrônicos para comprar no exterior!

Dyson

Originalmente a Dyson era uma marca de aspiradores de pó. Atualmente, porém, ela é conhecida por seus produtos para cabelos, com secadores, modeladores e até mesmo chapinhas que você pode usar no cabelo ainda molhado para deixá-lo liso.

Os produtos mais famosos são o Dyson Airwap, modelador, e o Airstrait, chapinha para usar nos cabelos molhados. Atenção, porém, pois os produtos da Dyson não são bivolts e nem funcionam em frequências diferentes daquelas para quais foram fabricados. Se for comprar nos Estados Unidos, por exemplo, garanta que você tem uma tomada 110V em casa para usar os produtos. Se for comprar na Europa, você vai precisar de tomadas 220V.

Conclusão

Ao comprar eletrônicos no exterior, verifique se eles vão funcionar na sua casa, e que você entende de todos os trâmites legais na alfândega para não ser surpreendido por nenhuma taxa!

Dessa forma, você consegue economizar muito nos seus eletrônicos em relação aos preços praticados no Brasil!

E você, já comprou algum eletrônico em uma viagem? Como foi a experiência? Me conta nos comentários!

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