Eu nunca fui uma dessas pessoas que sonhavam em conhecer o Canadá. Tinha vontade, claro, mas não era uma prioridade.
Em 2014, eu e minha família fizemos uma viagem que passava por Toronto, se estendia pelos Estados Unidos e acaba passando dois meses em Vancouver.
Confesso que a primeira cidade não me encantou muito, mas pode ter sido azar de pegar 5 dias frios e com chuva em pleno verão. Só ouvi coisas maravilhosas das pessoas que moraram lá, tá até para rolar um post aqui para a tag Morando Fora.
Já Vancouver conseguiu entrar no meu top 2 de lugares para visitar de novo, perdendo apenas para Sydney. A cidade é incrível, super amigável com turistas, linda e cheia de coisas para fazer.
Como eu vejo que ela não é prioridade para muita gente na hora de montar um roteiro, resolvi contar as 6 razões pelas quais eu acho que você deveria visitar Vancouver na sua próxima viagem. Olha só:
6 Motivos para visitar Vancouver
1. O clima é agradável
Ao contrário da sabedoria popular, no Canadá não é sempre frio! As temperaturas na costa oeste chegam a 25ºC no verão, temperatura ideal para curtir uma praia ou aproveitar os parques.
Recomendo a Second e Third Beach, que ficam próximas ao Stanley Park. São lindas e com areia, parecidas com as praias brasileiras. Conheci também a Kitsilano Beach, mas não me encantei pela quantidade de pedrinhas que tinham perto da água. Não imagino que seja confortável para andar descalço.
A cidade possui um total de nove praias, além da várias piscinas públicas para os que não curtem a água salgada. Quando vi a Second Beach Pool fiquei super animada, mas dei azar que ela fechou para a temporada de inverno dois dias antes da minha visita. É preciso se registrar no site da cidade para conseguir uma vaga na piscina.
Janeiro é a época mais fria cidade, e as temperaturas costumam variar entre 0 e 5ºC, sendo raras as mínimas negativas.
2. As pessoas são muito educadas
Sabe quando você tem uma ideia de um país, chega lá e se decepciona? A educação canadense é o contrário, você sabe que ela existe, mas fica impressionado quando vê em ação.
Não consigo pensar em um momento que eu tenha me sentindo desconfortável em Vancouver ou em alguém que não tenha sido legal. Todo mundo que conversamos, desde moradores até prestadores de serviço foram muito cordiais, tiraram todas as nossas dúvidas e conversaram como se fossem nossos amigos.
Visitamos vários lugares que pertenciam a pessoas de outras culturas, e parece que eles também abraçaram as maneiras do país, pois até nossas horas fomos super bem tratados.
Me lembro particularmente de quando fui ao show da Katy Perry, que deveria ter acabado em torno das 22hrs e acabou apenas meia noite. Voltei sozinha, de metrô e andei cerca de 15 minutos sozinha pelo centro até chegar no nosso apartamento. Como boa brasileira, fiquei apreensiva, mas vi várias mulheres andando sozinhas nos arredores, algumas usando até fones de ouvido sem prestar atenção no caminho.
Vancouver tem um problema com a quantidade de moradores de rua, já que é uma cidade cara para se viver, mas não é nada no nivel de Los Angeles. De qualquer jeito, é sempre bom ficar atento.
3. A pluralidade cultural
É engraçado, mas eu não consigo pensar nas características de uma pessoa de Vancouver. Isso porque a cidade é cheia de imigrantes e descendentes, e você fica em contato com diversas culturas ao longo do dia.
Eu não achei um choque tão grande pois já tinha visitado Sydney, mas meus pais ficaram bem impressionados com o tamanho da comunidade asiática. O apartamento que ficamos era em Downtown, e ao nosso redor existiam inúmeros restaurantes de Korean BBQ, pratos típicos do oriente e até lojas de cosméticos da Ásia.
A cidade tem o segundo maior bairro “Chinatown” da América do Norte, perdendo apenas para San Francisco. Little Italy, Little India, Greektown e Japantown também marcam presença, e placas traduzidas em várias línguas podem ser encontradas pelas ruas.
Se você nunca foi para um lugar com pessoas de diferentes origens, vai ficar encantado pelas diferentes culturas quando visitar Vancouver.
4. A moeda é mais barata
Vamos para a parte que pesa no bolso! Com a valorização do dólar, ir para os Estados Unidos ficou bem mais caro nos últimos dois anos, com a moeda americana chegando a valer quase R$4.
Porém, o mesmo não aconteceu com o Canadá, e a conversão atual é de R$2,44 para cada dólar canadense.
Se você já fez compras nos EUA, provavelmente percebeu que as etiquetas costumam ter dois valores, um em US$ e um C$. Em 2014, fazendo as contas, o preço acabava sendo quase o mesmo depois da conversão.
Atualmente, que cada dólar americano está valendo R$3,22, as compras valem mais a pena no Canadá. Uma paleta Naked, carro-chefe da Urban Decay, custa US$55 + taxas nos Estados Unidos, aproximadamente R$185 com o iof. A mesma, em terras canadenses, é vendida por C$66, em torno de R$165.
O site Dicas do Canadá tem um post mostrando os melhores outlets de Vancouver.
Conversões de novembro/2016.
Não sabe como começar a se planejar para visitar Vancouver? Dê uma olhada no meu post com dicas para se preparar para uma viagem internacional!
5. Tem muitas coisas para fazer
Dos 2 meses que eu passei por lá, eu acho que consigo contar nos dedos quantas vezes repetimos algum programa. Essa é uma das grandes vantagens de visitar Vancouver, uma das maiores cidades do Canadá.
O meu favorito, sem dúvidas, é o Grandville Island Public Market. É um mercado cheio de produtos feitos a mão, comidas artesanais, verduras, frutas, frutos do mar e doces maravilhosos. Além disso, no fundo ficam vários restaurantes e mesas para o pessoal aproveitar o sol e a música no almoço. A vista é incrível e dá um “quê” a mais para o momento.
Para quem gosta de parques, o Stanley Park é uma parada obrigatória, com seus 405 hectares e quase 30 quilômetros de trilhas, sendo o terceiro maior parque da América do Norte. Nos dias de sol e calor, é um dos lugares favoritos dos moradores, e muita gente vai para lá andar de bicicleta, tomar um sorvete, caminhar e aproveitar as praias que ficam perto.
O Capilano Suspension Bridge Park também é outra opção legal, com uma ponte suspensa de 140 metros de extensão e assustadores 70 metros de altura sobre um rio. As entradas custam em torno de C$40.
Coal Harbour, Canada Place, Burrard St., Robson St. e Gastown são outras partes legais para explorar na cidade.
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6. É fácil de se locomover
Eu visitei a cidade em 2014, e naquela época o Uber tinha recém começado a fazer sucesso nos Estados Unidos e nem era plano para o Brasil.
Não alugamos carro em nenhum momento, e se pegamos táxi foi por cansaço mesmo, não por necessidade.
A cidade é super fácil de se locomover, e tem tanto ônibus quanto SkyTrain para a maioria dos lugares. O curioso desse último é que não existem catracas, o governo conta que você vai ter um ticket válido e não faz fiscalização para entrada. Eles passam randomicamente em alguns trens verificando o ticket de todo mundo, então não tente dar o jeitinho brasileiro, por favor! Existem três linhas, e dependendo do seu destino final o seu bilhete fica mais caro.
As farmácias grandes, como London Drugs, ou lojas de conveniência, como 7/11, vendem cartelas de passes de ônibus FareSaver, que saem mais baratas que comprar cada passagem individualmente. Se você for ficar muitos dias na cidade, vale a pena comprar algumas.
As informações das linhas de ônibus e preços podem ser encontradas no site da Translink.
Convencida a visitar Vancouver? Então dá uma olhada nesses recursos para planejar a sua viagem:
- Tudo sobre Vancouver do site Dicas do Canadá;
- Guia de Viagem do Canadá da Lonely Planet, com mapa destacável de Vancouver;
- Série de posts sobre Vancouver do Viage na Viagem;
- Vancouver Travel Guide da Lonely Planet (em inglês, usado para planejar a nossa trip!)
- Guia Visual da Publifolha sobre o Canadá;
Agora quem já visitou, me conta.. É ou não uma das melhores cidades do mundo? <3
ahh o Canadá <3 tá na minha lista há muitoo tempo! Adorei as dicas de Vancouver guria!!! Esse esquema de não ter catracas acho super legal, na Alemanha tem também!
Você precisa conheceeer o Canadá! É demais <3 Tinha lido já isso da Alemanha, muito prático.. Mas sempre tem os espertos que resolvem ir sem bilhete :/