Como se preparar para uma viagem internacional – 11 dicas práticas

Atualizado em

Por Alyssa Prado

Entenda tudo que você precisa saber para se preparar para uma viagem internacional, incluindo dicas sobre documentação, vacinas, dinheiro e mais!

Eu adoro planejar minhas próprias viagens. As vezes até passo em uma agência para pedir algumas orientações, como vistos ou documentação, mas no geral pesquiso tudo na internet.

Confesso que no começo eu ficava receosa, com medo de esquecer algo importante e ser barrada antes mesmo de entrar no avião (já vi acontecer com outras pessoas algumas vezes). Depois que peguei a prática, no entanto, percebi que fazer tudo por conta própria não é nenhum bicho de sete cabeças, especialmente com a quantidade de informações disponíveis online.

Pensando na minha dificuldade inicial, resolvi escrever esse post com dicas que podem te ajudar caso você esteja passando pela mesma situação. Reuni tudo que você precisa saber para se preparar para uma viagem internacional. Não falei sobre roteiro e hospedagem pois isso é característico de qualquer aventura, e preferi focar em detalhes importantes para quem vai para o exterior.

Aprenda 9 dicas práticas para se preparar para uma viagem internacional nesse post!

De qualquer jeito, você pode aproveitar para ler outros posts do blog como:

Como se preparar para uma viagem internacional

1. Passaporte

O primeiro passo para se preparar para uma viagem internacional é providenciar a documentação. Verifique se o seu destino exige passaporte para turistas brasileiros.

Para países que fazem parte do Mercosul, como a Argentina e o Chile, o documento de identidade (RG) já é o suficiente. Fique atento pois apesar de não ter validade, o ideal é que ele tenha sido emitido nos últimos dez anos e possua uma foto atual. Carteira de motorista não serve para viajar para o exterior.

Caso precise de um passaporte, você pode fazer a requisição no site da Polícia Federal. Lá é possível consultar quais os documentos necessários para fazer o pedido, preencher o formulário e gerar a GRU de pagamento. Atualmente o preço é de R$257,25.

Depois de preencher as informações no site, é só agendar uma data para entregar todos os papéis, tirar foto e cadastrar suas digitais na unidade mais próxima. O prazo estimado de entrega é de 6 dias úteis.

Se já tiver um passaporte, fique atento ao prazo de validade. Muitos países exigem um documento válido por pelo menos seis meses, e as companhias aéreas nem permitem o embarque de passageiros que não estejam dentro desse padrão. Verifique se é o caso do seu destino e, se necessário, agende para tirar um novo passaporte no site da Polícia Federal.

2. Vistos e Taxas

Um visto é um documento que autoriza a entrada de um estrangeiro em outro país. Os tipos de visto variam de lugar para lugar, sendo os mais comuns aqueles que precisam ser providenciados com antecedência, e aqueles que são concedidos aos turistas quando eles passam pela imigração.

A necessidade de uma autorização dessas também depende tanto do destino, quanto da origem do viajante. Com um passaporte brasileiro, existem 153 países que você pode visitar sem precisar de um visto. O site Nômades Digitais tem uma lista com todos eles.

Estados Unidos, Canadá e Austrália, no entanto, assim como outros locais, exigem vistos para quem viaja com o passaporte brasileiro. Como cada um desses países tem um processo diferente para obter tal autorização, o ideal é pesquisar nos sites dos consulados para se informar sobre como proceder.

Não deixe para cima da hora, pois alguns deles exigem que você faça a requisição pessoalmente, e eles podem demorar até meses para serem emitidos.

A Cynara, do blog Cantinho da Ná, tem um post super completo explicando como tirar o visto dos Estados Unidos. Esse foi um dos únicos que eu tirei sem uma agência de viagens, e achei bem fácil de preencher o formulário. Se você domina o inglês, não é difícil tirar por conta própria.

Alguns países não exigem vistos, mas cobram uma taxa de turismo, como é o caso de San Andrés na Colômbia ou Punta Cana na República Dominicana. No segundo caso, o pagamento é feito na imigração, mas no primeiro é preciso pagar com antecedência. Pesquise se é o caso do seu destino.

3. Vacinas

Esse é um item frequentemente esquecido na hora de planejar uma viagem internacional. Apesar disso, ele é muito importante, e sua aventura pode terminar antes mesmo de começar se você não tiver as vacinas necessárias para visitar seu destino.

A mais comum é a da Febre Amarela, que é disponibilizada de forma gratuita nos postos de saúde. Se você tomou a dose fracionada, distribuída na época de surtos aqui no Brasil, se atente pois ela não é válida para viagens! Confira no blog Malas pra que te Quero uma lista com todos os países que exigem vacinação contra a febre amarela.

Para outras vacinas (ou para saber as específicas para o seu destino), você pode consultar o site da ANVISA.

Depois de tomar a dose necessária, é importante fazer o certificado de vacinação internacional. Ele serve para atestar para outros países que você tomou a vacina, e em qual data. Ele é emitido de forma gratuita pelos postos da ANVISA, e você só precisa marcar um horário no site e levar um documento de identificação e o comprovante de vacinação. Se possível, também leve um documento que mostre que você vai viajar para um país que exige tal vacina, como a confirmação da passagem.

Para a vacina de COVID-19, agora exigida em praticamente todos os países, você precisa ter tomado todas as doses recomendadas e emitir o certificado em inglês ou na língua do país do destino. Você pode emitir o certificado através do app ConnectSUS. Durante o período de pandemia, consulta também é se necessário fazer algum teste para entrar nos países que você vai viajar.

Já pesquisou quais vacinas precisa tomara para visitar o seu próximo destino? Não? Então clica no link e confere esse post de como se preparar para uma viagem internacional!
Certificado de vacinação internacional da Anvisa.

4. Seguro Viagem

Acidentes podem acontecer a qualquer momento, inclusive quando você estiver viajando. Na hora de se preparar para uma viagem internacional, é importante fazer um bom seguro viagem, que vai te socorrer em qualquer emergência.

Em alguns países, como aqueles que fazem parte do Tratado de Schengen (França, Reino Unido, Espanha, Grécia…), o seguro é obrigatório e pode ser exigido na hora que você passa pela imigração. Não vale a pena arriscar a viagem para economizar nessa despesa, especialmente porque os preços costumam ser acessíveis.

Para locais como os Estados Unidos, onde a saúde é muito cara, o seguro não é exigido porém extremamente recomendado. Uma consulta rápida em uma clínica para pegar uma receita de antibióticos, por exemplo, pode custar centenas de dólares. Com o seguro você liga para a central e eles te informam onde ir, além de resolver toda a burocracia e parte financeira por você. Na maioria das vezes, não é preciso desembolsar um centavo durante a consulta.

Os Seguros Viagem atuais também oferecem cobertura para casos como extravio de bagagem, ou atraso e cancelamento de voos.

Eu costumo comprar com a Seguros Promo, que compara o preço entre as principais seguradoras. Os preços começam em R$9 por dia para destinos internacionais, e você pode pagar parcelado em até 12x no cartão de crédito. Leitores do blog ainda tem um desconto especial usando o código “ALYSSAPRADO5“.

Dúvidas sobre o seguro viagem? Eu tenho uma página aqui no blog que vai responder todas as suas dúvidas, além de explicar como utilizar, melhores seguradoras, e mais.

5. Moeda Local

Como o Brasil é o único país que utiliza o Real, você vai precisar trocar dinheiro para a moeda usada no seu destino.

A forma mais fácil de fazer isso é através de uma casa de câmbio. Dinheiro em espécie tem um imposto menor, e costuma ter melhor conversão do que as praticadas por bancos. Você também pode trocar apenas uma parte do seu orçamento e utilizar cartões de crédito, pré-pagos ou até mesmo abrir uma conta digital em sites como a Wise, onde o câmbio tem um preço melhor. Tem um post aqui no blog onde eu falei sobre as vantagens e desvantagens de cada uma dessas opções.

Para alguns destinos, como Santiago do Chile ou Buenos Aires, o câmbio é mais vantajoso no exterior. Nesses casos, recomendo trocar apenas uma quantidade pequena de reais por aqui, caso seja necessário pagar um táxi até a sua hospedagem, por exemplo, e deixar para trocar o resto do seu dinheiro quando chegar. Preferencialmente fuja das casas de câmbio nos aeroportos, pois elas costumam ter os piores preços.

Para aqueles que tem moedas fortes, como dólar americano ou Euro, é melhor trocar seu dinheiro antes de sair do país.

Pessoalmente eu levo pouco dinheiro em espécie, e utilizo o cartão de crédito sempre que possível. Apesar do IOF de mais de 6%, gosto dessa opção para acumular milhas (essa é uma das dicas que mostrei nesse post sobre o assunto).

Já sabe como vai levar dinheiro para sua próxima aventura? Não? Então confira nesse post como se preparar para a sua próxima viagem internacional!

6. Idioma

Não se desespere, você não precisa saber o idioma do seu destino.

Claro que é melhor saber falar a língua local, mas é possível se virar até mesmo só falando português. Em lugares que falam espanhol, por exemplo, é só pedir para falarem mais devagar que na maioria das vezes a proximidade com o português faz com que seja possível compreender o que estão falando.

Para países com idiomas muito diferentes, é interessante anotar algumas palavras e frases úteis como “por favor”, “obrigada”, “estou perdida”, “preciso de ajudar”. Para quem gosta de comprar “quanto custa”, também é uma boa opção.

Se tiver tempo até a sua viagem, tem um post aqui no blog que fala sobre como aprender inglês para viagens (sem cursinho e de graça!)

Caso você goste de tecnologia, também pode baixar alguns apps como o Google Translate. Com ele você pode digitar uma frase, tirar fotos de placas ou embalagens e até desenhar as palavras caso o alfabeto seja muito diferente (eu não consigo encontrar os símbolos no teclado grego ou tailandês, por exemplo).

Quem for mais tradicional pode comprar guias de conversação de bolso, feitos especialmente para viagem. Os da Publifolha são ótimos, e estão disponíveis em idiomas como inglês, espanhol e francês.

O Guia de conversação para viagens é uma ótima dica para quem não fala a língua do país que vai visitar! Clique no link e confira nesse post outras dicas para se preparar para uma viagem internacional!
Guia de Conversação para Viagens em Francês, da Folha de S. Paulo/Publifolha!

7. Segurança

Ao se preparar para uma viagem internacional, é importante pesquisar sobre o seu destino e as atrações que você quer visitar. 

Se estiver viajando por conta própria, sem um grupo ou amigos, lembre também de se informar sobre o fator segurança. É melhor descobrir com antecedência se é seguro sair sozinha a noite, por exemplo, ou se é melhor separar uma parte do orçamento para transporte tipo uber.

Pesquise sobre bairros, a região em que você vai se hospedar e leia relatos de outros viajantes. Escute quem tem experiência e já conhece o país que você vai visitar. Lembre que para muitas pessoas viajar sozinha parece super perigoso, enquanto sabemos que a realidade é bem mais tranquila na maioria dos casos.

O ideal é se informar com antecedência sobre quais lugares você precisa redobrar a atenção. Recomendo também ler sobre golpes, muito comuns em cidades turísticas da Europa como Paris.

8. Clima

Se estados brasileiros já tem climas diferentes, não é de se surpreender que esse também seja o caso em outros países. 

Ao se preparar para uma viagem internacional, pesquise sobre o clima do seu destino. Não pense que só porque é verão vai fazer 40ºC só porque essa é a temperatura que faz por aqui. Em mais de uma viagem peguei temperaturas de 10ºC na estação mais quente do ano.

Um ótimo site para descobrir informações, não só de temperatura mas também sobre chuvas e outros fenômenos é o AccuWeather. Além da previsão para os próximos dias, ele também mostra quanto marcavam os termômetros em cada mês nos anos anteriores, para que você tenha no que se basear.

Faça sua mala de acordo e não passe perrengue. Nesse post tem dicas sobre o que levar tanto na mala despachada quanto na de mão.

O inverno em New York é bem diferente do inverno em Floripa! hahaha -13ºC
O inverno em New York é bem diferente do inverno em Floripa! hahaha -13ºC

9. Leis e Boas Maneiras

Que a idade legal para beber nos Estados Unidos é 21 anos ou que não pode beber na rua você provavelmente já sabia… Mas e que fora dos resorts de luxo, mulheres não podem tomar banho de mar nas Maldivas de biquini por causa das leis muçulmanas? Ou que chiclete é proibido em Cingapura?

No geral, mesmo que a cultura do destino seja parecida com a nossa, é bom descobrir antes de embarcar se existe alguma lei muito diferente ou até quais gestos são ofensivos. Imagina estar tentando perguntar onde fica o restaurante mais próximo e acabar ofendendo alguém?

O site Loucos por Viagens tem um post com 10 gestos que costumam ser mal interpretados no exterior.

10. Transporte aéreo e imigração

Se você nunca viajou de avião, ou nunca voou para fora do Brasil, é interessante se atentar a algumas regras que entram em vigor apenas para destinos internacionais.

Para começo de conversa, o ideal é chegar no aeroporto 3 horas antes do horário de voo, para ter certeza que você vai conseguir fazer check-in (alguns destinos não permitem check-in online), despachar as malas e passar pela segurança.

Na mala de mão, você não pode levar líquidos em embalagens de mais de 100ml, e todos os líquidos precisam caber dentro de um saquinho ziplock transparente. Muitos aeroportos não cobram essa parte do ziplock, mas se você passar por um mais estrito, como o de Londres, pode ter problemas nessa parte. Melhor não arriscar.

Na hora da imigração, dependendo do destino pode ser que você só escaneie o passaporte e visto, ou que precise passar em um guichê com um funcionário. Mantenha a calma e tenha em mãos todos os comprovantes de que sua viagem é a turismo, como reserva de hotel, passagem de volta e seguro viagem. Não se preocupe pois eles estão acostumados com pessoas que não falam a língua do país.

Caso você entre no país de destino por um aeroporto, mas ainda vá fazer conexão para outra cidade (exemplo, chega nos Estados Unidos por Miami mas pega um voo para Orlando), você vai precisar pegar as malas e despachá-las novamente. Caso sua conexão seja em outro país, e não o de destino, as malas irão direto para o aeroporto final.

11. Roteiro

Você não precisa seguir o seu roteiro a risca, e é bom ir sabendo que você provavelmente não vai nem conseguir seguir todo seu planejamento, já que imprevistos acontecem. Porém recomendo montar um roteiro para aprender o que é imperdível no seu destino, ter noção de como você vai de uma atração a outra, e o que fazer a cada dia da viagem. Acredite em mim, voltar para casa e depois descobrir que você perdeu algo incrível é terrível.

Eu costumo montar meu roteiro em uma planilha no Google Sheets, escrevendo primeiro as principais atrações e depois agrupando aquelas que ficam perto em um mesmo dia. Não planejo muito e gosto de deixar tempo para só fazer o que da vontade também. Aqui no blog tem um post sobre como montar roteiro.

Também não tenha medo de desapegar do seu roteiro. As vezes, especialmente quando estamos viajando sozinhos, aparece algum outro programa legal com o pessoal do hostel, ou algo que você não achou nas suas pesquisas. Se tiver vontade, deixe o roteiro de lado, não há problema algum. O importante é aproveitar.

E pronto, agora você já sabe como se preparar para uma viagem internacional! O importante, como quase tudo relacionado a se aventurar pelo mundo, é pesquisar bastante 🙂

Ficou com alguma dúvida? Acha que faltou alguma coisa na lista? Compartilha nos comentários!

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26 comentários em “Como se preparar para uma viagem internacional – 11 dicas práticas”

  1. Olá, Alyssa! Parabéns pela matéria, super completa! Conhecer as leis e as boas maneiras é importantíssimo, as culturas são muito diferentes e precisamos sempre nos adaptar aos costumes locais. Parabéns pelo post. Abraços, Cristina e Renato.

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    • Oi, gente! Que bom que gostaram! É sempre bom mesmo aprender antes a cultura local para ter certeza de não cometer nenhuma gafe, mesmo como turistas hahaha obrigada pela visita <3

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  2. dicas mais que importantes! Sempre tento seguir à risca, pois dependendo do país é preciso comprovar algo a mais, é sempre bom checar as leis locais, pois assim como você disse, imprevistos podem ocorrer, post completíssimo!

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    • Oi, Flávia! Que bom que gostou 😀 Realmente, é sempre bom checar tudo que o país exige para entrada de turistas e as leis a seguir ahaha obrigada pela visita 🙂

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  3. Excelente matéria, parabéns! É sempre bom conferir tudo e ter tudo em mãos para não se dar mal na viagem! É sempre bom aprender algumas palavrinhas básicas no idioma local, tipo bom dia, boa noite, obrigado, normalmente você quebra o gelo e tem outro tipo de recepção. Também acho muito importante conhecer bem os costumes, leis e boa maneiras de um lugar. Obrigado pelo post! Muito bom!

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    • Já ouvi falar que na França se você não cumprimenta em francês para pedir ajuda eles nem respondem hahaha melhor mesmo saber as palavras básicas! Fico feliz que gostou =)

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  4. Dicas essenciais, eu também adoro planejar a própria viagem, na verdade pra mim a trip já começa aí hahah no planejamento.
    Sem dúvidas se preocupando com esses pontos aí que você colocou, já tem o sucesso da sua viagem praticamente garantido =)

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